segunda-feira, 2 de julho de 2012

Greve da Saúde continua com apoio de movimentos sociais e sindicais



Em assembleia realizada nesta quarta-feira (27) na Praça da Assembleia, os trabalhadores da saúde estadual repudiaram a forma com que o governo está tratando o movimento grevista e decidiram, por unanimidade, manter a greve.

Dezenas de sindicatos, movimentos sociais e movimentos estudantis, estiveram presentes na assembleia. Todos reforçaram que as entidades estão à disposição para ajudar a greve da saúde. “Essa greve, essa luta não é só dos trabalhadores da saúde, mas de toda a sociedade mineira, que exige uma saúde pública de qualidade”, disseram vários apoiadores.

Psicólogos, Metalúrgicos, Educadores, Médicos, Servidores da saúde privada, Oficiais de justiça, Operadores de Telemarketing, Bancários, servidores da Copasa, Aeroviários foram algumas categorias que estiveram, por meio de seus sindicatos, representados na assembleia. O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Via Campesina, a Articulação dos Movimentos Sociais e Pastorais foram alguns dos movimentos sociais que também prestaram apoio à greve da saúde.

Na noite da última segunda-feira (25), na sede do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro-MG), foi realizada uma Plenária dos Movimentos Sociais, que fortaleceu o coletivo que foi criado para ajudar na sustentação da greve e no enfrentamento ao governo de Minas.

Na assembleia desta quarta-feira (27), os apoiadores estiveram presentes e reforçaram todo auxílio necessário à greve da saúde. Definitivamente, os trabalhadores da saúde não estão sozinhos.

Para Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT-MG, o governo de Minas tentou mas não conseguiu enganar os trabalhadores da saúde e tenta, através de muita peça publicitária, enganar a sociedade dizendo que o governo é bonzinho e o sindicato é intransigente. “O caos na saúde pública de Minas Gerais tem um responsável: o governador Anastasia, que se tivesse sido responsável, essa greve teria sido evitada”, disse. Para Beatriz, ações do governo como corte de ponto, intimidação, criminalização do movimento, utilização de força policial e não negociação são ações previsíveis, que sempre são usadas quando os trabalhadores estão fortes e mobilizados.


Plenária
Durante a Plenária, o diretor do Sind-Saúde, Renato Barros, relatou as dificuldades que os servidores e servidoras vêm enfrentando para manter a greve, deflagrada no último dia 14. “Enfrentamos a intransigência do governo, a violência da segurança armada dos hospitais e a truculência de alguns diretores das unidades quando tentamos organizar a escala mínima de atendimento à população. Integrantes do comando de greve foram agredidos no Hospital João XXIII e no Hospital Júlia Kubitscheck. Justificam a repressão dizendo que são ordens do governador. Temos resistido a tudo, às ameaças de corte de ponto e à atuação da Asthemg, que vem fazendo o jogo do governo tentando intimidar companheiros e companheiras”, afirmou Renato Barros.

Beatriz Cerqueira,  presidenta da CUT-MG e coordenadora do Sind-UTE/MG, reiterou a importância da greve dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde para o enfrentamento com o governo do Estado. “A greve na saúde conseguiu o que os educadores só alcançaram com 40 dias de paralisação: pautar a mídia. Bem ou mal, jornais, rádios e TVs falam da greve, que provocou uma reação rápida do governo do Estado. Por isso as ações precisam ser imediatas. Precisamos estabelecer uma linha de diálogo com a população.  A criminalização e a judicialização da greve não tardam. Se o governo não fizer isso, alguém vai fazer por ele.”

Jairo Nogueira Filho, secretário-geral da CUT/MG e coordenador do Sindieletro-MG, sugeriu uma rede de sustentação aos moldes do coletivo que apoiou a greve dos educadores educadoras em 2011. “O movimento da saúde vai ser longo e precisamos nos organizar para que ele seja vitorioso. A vitória dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde é fundamental para todos os movimentos sindicais, sociais e populares de Minas Gerais. E esta rede deve ser mantida, pois no segundo semestre outros movimentos vão acontecer.”

Publicado em:  http://www.minaslivre.com.br/

 Dom, 01 de Julho de 2012 19:42 Sind-Saúde/MG, com informações CUT-MG

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