Impedidos pela PM de fazer manifestação no entorno do estádio, onde iam jogar Brasil e Chile, trabalhadores estaduais do ensino fecham a avenida Antônio Carlos
Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Hoje em Dia
Fotografias: Arthur Lobato
Beatriz Cerqueira, presidenta CUT/MG e coordenadora geral Sind-UTE/MG |
Trabalhadores
e trabalhadoras do Ensino da rede estadual, paralisados desde
terça-feira (23), saíram em passeata da Faculdade de Belas Artes, no campus da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) na Pampulha e fecharam os
dois sentidos da Avenida Antônio Carlos, momentos antes da partida
amistosa entre Brasil e Chile no Mineirão. Cerca de 300 pessoas
participam do protesto que parou o trânsito na região. Inicialmente os
manifestantes pretendiam se concentrar no entorno do Mineirão para o
protesto. Mas o grande aparato policial impossibilitou a manifestação
próximo ao estádio.
Para a presidenta da CUT/MG e coordenadora-geral do
Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, a mobilização da categoria mineira
mostra a insatisfação com a atual situação. “Os trabalhadores vão
às ruas para lutar pelo pagamento do piso, pois este governo não
valoriza e não respeita a educação”, disse. Caso as reivindicações não
sejam aceitas até o fim de maio, há um indicativo de greve para o dia 5
de junho. Em 2011, os professores ficaram 112 dias paralisados.
Beatriz Cerqueira lembrou que, 2012, educadores e
educadoras não realizaram assembleias ou manifestações nas ruas de Belo
Horizonte. “Fizemos nossas assembleias e protestos na Cidade
Administrativa e mesmo assim não conseguimos diálogo com o governo do
Estado. Pelo contrário, fomos impedidos de entrar e não pudemos usar o
carro de som.”
Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato Único dos
Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), a paralisação
pode ser maior, caso as negociações com a Secretaria de Estado de
Educação não avancem. Os profissionais do ensino alegam que diversas
reivindicações acordadas após o fim da greve de 2011 ainda não foram
atendidas. O sindicato afirma que o plano de carreira não vem sendo respeitado e cobra a nomeação dos professores aprovados em concursos.
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