22/04/2013
Fórum de Defesa dos Serviços e Servidores Públicos de Minas Gerais |
CUT/MG e sindicatos protestam contra o desrespeito aos direitos dos servidores públicos e perseguição às lideranças sindicais
Publicado em: http://www.cutmg.org.br/
Fotografias: Taís Ferreira
Centenas de representantes de trabalhadores e de sindicatos do
funcionalismo estadual lançaram no sábado e no domingo, 20 e 21 de
abril, o Fórum de Defesa dos Serviços e Servidores Públicos de Minas
Gerais. No domingo, paralelamente ao restrito evento da entrega da
Medalha da Inconfidência, os sindicatos, fizeram um grande ato nas
imediações da Praça Tiradentes, denunciando a maneira com que o governo
vem tratando os servidores e serviços públicos: péssimos salários e
condições de trabalho, baixos investimentos, desrespeito aos direitos
dos servidores e perseguição às lideranças sindicais, entre outros.
Mais uma vez o governo de Minas Gerais e a Polícia Militar deram uma
demonstração de truculência contra os trabalhadores. O aparato
repressivo impediu que o público participasse da entrega da Medalha da
Inconfidência. A própria população de Ouro Preto foi proibida de entrar
na praça.
Durante a solenidade, os participantes do Fórum de Defesa dos Serviços e dos Servidores Públicos de Minas Gerais fizeram um "apitaço" no Largo de Coimbra, a cerca de 150 metros do palanque montado na praça. Os manifestantes gritavam “liberdade”, “Pátria Livre” e “Fora Anastasia”. Uma faixa do Sindicato dos Trabalhadores de Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG) dizia: “Servidores da saúde exigem o fim da judicialização nas lutas dos servidores da Minas Gerais”. Quando as músicas da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais não soavam na Praça Tiradentes, podiam ser ouvidos os barulhos dos apitos e cornetas vindos do protesto.
A presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Beatriz Cerqueira, conta que o Fórum criado representa 80% do funcionalismo público do Estado. "Somos coagidos pelo governador. Ele mantém uma relação truculenta com os servidores", explica Beatriz, afirmando que, nesta quarta-feira (24), haverá outro protesto no entorno do Mineirão, durante o jogo entre Brasil x Chile.
"Fomos excluídos de participar da solenidade. A mesma elite que enforcou Tiradentes o homenageia hoje", protestou o professor Marcos dos Reis.
O Fórum foi criado inicialmente pelo Sind-Saúde/MG, Sindifisco-MG,
Sind-UTE/MG, Sinmed/MG, Sisipsemg, Sindieletro/MG e Sindágua-MG, que
juntos representam mais de 80% do funcionalismo estadual. O Fórum está
permanentemente aberto a novas participações e tem o objetivo de ser um
espaço para denunciar e lutar contra as medidas nocivas com que os
últimos governos de Minas vêm tratando o serviço público.
Em breve, será lançado um manifesto Fórum tornando públicas as
principais reivindicações. Inicialmente, plano de carreira e política
remuneratória são temas centrais da luta conjunta.
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