Nova assembleia está marcada para as 14h da próxima quarta-feira (20).
Um dia antes, às 19h, foi agendada um rodada de negociação entre os
dirigentes do Sind-Saúde/MG com representantes do governo do Estado, que
prometeram apresentar uma proposta concreta para os trabalhadores, o
que não aconteceu no encontro de quarta-feira (13). Até lá, os
servidores e servidoras da saúde vão trabalhar em escala mínima em todo o
Estado, com cerca de 30% do pessoal.
Na assembleia desta quinta-feira, os trabalhadores e trabalhadoras da
saúde receberam o apoio da Central Única dos Trabalhadores, de outros
sindicatos, dos movimentos sociais e de partidos políticos. Centenas de
servidores vieram de caravanas do interior e lotaram o pátio da ALMG.
A presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais
(CUT/MG), Beatriz Cerqueira, parabenizou os servidores pela greve e
alertou para as possíveis retaliações por parte do governo estadual.
“Vim de uma audiência pública em que se debateu uma questão muito
importante para a saúde, que é a água, e um deputado, da base do
governo, tentou desqualificar os dirigentes sindicais que estavam lá. O
governo vai tentar desqualificar o movimento de vocês e suas lideranças.
O governo Anastasia não é capaz e resolver conflitos. É uma
administração que só tem eficiência na publicidade. Uma greve por si só é
vitoriosa, mas precisamos conquistar o apoio da sociedade. Para isso, é
necessário dialogar com a população, usando de todos os meios, a
internet, o blog, o facebook, enviar e-mails para jornais, rádios, TVs,
para que fiquemos isolados. O sindicato tem o seu papel, e a Central tem
o seu, e o coletivo, formado pelas outras entidades e os movimentos
sociais, é fundamental para evitar o isolamento.”
Para Beatriz Cerqueira, apoiar a greve é uma obrigação da CUT. “Devemos
fazer muito mais, estar ao lado de vocês em todos os momentos. A
Central Única dos Trabalhadores assumiu o compromisso de denunciar aos
organismos internacionais das práticas antissindicais do governo do
Estado. Vamos ver se assim, com a exposição dos desmandos nacional e
internacional, esse governo se envergonhe do que está fazendo com os
trabalhadores.”
Nas ruas de BH, servidores aumentam a pressão contra o arrocho
Renato Barros, do Sind-Saúde/MG, disse que a categoria aguardava uma
proposta concreta do governo estadual há quatro meses. “Protocolamos
nossa pauta em fevereiro. Quando nos reunimos em maio, pediram novamente
que apresentássemos nossas reivindicações. Na quarta-feira, acenaram
com o reposicionamento e outros itens, dentro de uma política
remuneratória, e prometeram nos apresentar uma proposta concreta na
próxima semana. Mas pediram que não fizéssemos greve. Aí argumentamos
que os trabalhadores não aguentavam esperar mais.
GRANDE MANIFESTAÇÃO
O Sind-Saúde apresentou a pauta de reivindicações em fevereiro, e até
hoje o governo não deu qualquer resposta concreta. Dentre os pontos
reivindicados, destaque para reajuste salarial igual para todos, revisão
do plano de carreira, pagamento dos direitos trabalhistas, melhoria nas
condições de trabalho e redução da jornada de trabalho de 40 para 30
horas semanais.
Várias unidades hospitalares e hemocentros estão operando, a partir de
hoje, em escala mínima, ou seja, com apenas 30% do número de
profissionais. O Sind-Saúde e os trabalhadores da saúde esperam que o
governo tenha sensibilidade com a categoria e com a população e
apresente propostas concretas.
UNIÃO
Em um ato histórico, os servidores da UFMG, que estão em greve desde maio, se uniram aos trabalhadores da saúde e engrossaram o coro por melhorias nos salários e condições de trabalho dos servidores da saúde e educação de Minas e do Brasil. Outros sindicatos e movimentos sociais também estão apoiando a greve da saúde.
Em um ato histórico, os servidores da UFMG, que estão em greve desde maio, se uniram aos trabalhadores da saúde e engrossaram o coro por melhorias nos salários e condições de trabalho dos servidores da saúde e educação de Minas e do Brasil. Outros sindicatos e movimentos sociais também estão apoiando a greve da saúde.
O Sind-Saúde agradece aos apoiadores e ao Sindicato dos Trabalhadores
das Instituições Federais de Ensino (Sindifes) pelo importantíssimo
apoio à greve da saúde. Os trabalhadores da saúde também apoiam a greve
dos técnicos e professores da UFMG e das universidades federais. Só com
união é que os trabalhadores conseguirão fazer com que os governos
valorizem os servidores públicos.
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