Categorias em processo de negociação e em greve recebem apoio da base CUTista, de outras centrais e dos movimentos sociais
Bancários,
educadores, eletricitários, metalúrgicos, trabalhadores e trabalhadoras
da saúde, do setor de água e saneamento, petroleiros, auditores fiscais
da Fazenda do Estado, representantes dos movimentos sociais e de outras
centrais participaram na tarde desta quarta-feira (26), na Praça Sete,
Região Central de Belo Horizonte, em ato público conjunto organizado
pela Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG). Com a
manifestação, realizada em frente à Agência Seculus da Caixa, a Central
uniu categorias que estão em processo de negociação ou em movimentos
grevistas e fortaleceu a luta da classe trabalhadora em Minas Gerais,
com a solidariedade dos movimentos sociais e populares.
A presidenta da CUT-MG, Beatriz Cerqueira, que
coordenou o ato, a união e a mobilização são fundamentais para que as
categorias garantam conquistas nas campanhas salariais e nas outras
lutas neste segundo semestre. “Trabalhadores e trabalhadores sabem quem
estão enfrentando. Educadores e os servidores da saúde do Estado
estiveram na Cidade Administrativa nesta manhã e foram recebidos pelo
Batalhão de Choque, pela Rotam e todo um aparato repressivo. Quando os
trabalhadores vão à sede do governo, a polícia aparece. Ela não aparece
para garantir a segurança da população. Os metalúrgicos estão em
campanha salarial há dois meses e não receberam uma proposta digna.
Eletricitários e trabalhadores da Copasa também não. Os petroleiros
fazem greve de advertência nesta quarta-feira, enquanto bancários e os
Correios estão paralisados. Todos lutam pelos mesmos objetivos: melhores
salários, por condições dignas de trabalho. Por isso, só a união e
solidariedade da classe trabalhadora vai fortalecer a luta e garantir
mais conquistas e o respeito aos direitos dos trabalhadores e
trabalhadoras. E a CUT cumpre seu papel de aglutinar forças para levar
as categorias às vitórias”, disse Beatriz Cerqueira.
Representando os bancários, cuja greve nacional
completou oito dias nesta quarta-feira, o secretário de Comunicação da
CUT-MG, Neemias Rodrigues, desejou a todas as categorias representadas
no ato público “muita força na luta”. “Todos nós, trabalhadores e
trabalhadoras, estamos sempre lutando e fazendo o enfrentamento com o
patronato. E, para que os banqueiros negociassem e apresentassem uma
contraproposta, nós, bancários, tivemos que fazer uma greve que chega
nesta quarta-feira ao oitavo dia.”
Jefferson Leandro Teixeira da Silva, do Sindieletro-MG,
ressaltou a luta dos eletricitários contra a repressão, as práticas
antissindicais, o assédio moral, a precarização e a terceirização que
provoca uma morte a cada 45 dias na Cemig. “A empresa demitiu quatro
trabalhadores, três integrantes da Cipa e um dirigente sindical.
Conseguimos reverter as demissões, mas a Cemig recorreu e dois
companheiros perderam novamente o emprego. A falta de respeito quanto
aos direitos é absurda. Somos obrigados a colocar a garantia de emprego
em convenções, quando a Cemig deveria fazer concurso público”, denuncia
Jefferson Leandro.
José Wagner Moraes de Oliveira, presidente Federação
Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT), avaliou que os trabalhadores correm
risco com a política de redução de impostos e desoneração da folha de
pagamento pelo governo federal. “As montadoras se beneficiam da redução
de impostos, mas alguém vai pagar a conta. E se não der certo esta
política? Mesmo com essas vantagens, as empresas continuam
intransigentes na negociação com os trabalhadores. Os metalúrgicos
entregaram a pauta em junho e até hoje não receberam uma proposta
digna.”
Reginaldo Tomaz de Jesus, secretário de Administração e
Finanças da CUT-MG e da direção do Sind-Saúde/MG, elogiou a presença de
várias categorias no ato. “A união da classe trabalhadora é essencial
em Minas Gerais, onde não se respira liberdade. Os servidores e
servidoras da saúde, juntamente com os educadores, foram recebidos na
Cidade Administrativa pelo maior aparato repressivo da história. Mas
isso não vai nos impedir de lutar.”
Shakespeare Martins de Jesus, da Executiva Nacional da CUT, saudou os
bancários e os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios pelas
paralisações. “Se os patrões não atendem as nossas reivindicações, o
caminho é a greve. Os bancários estão de parabéns por enfrentar
justamente o poder econômico.”
Acúmulo de forças
José
Maria dos Santos, secretário de Meio Ambiente da CUT-MG e presidente do
Sindágua-MG, também enalteceu a luta dos bancários. “Quero parabenizar a
todos por este ato que vai ficar na história de Minas Gerais. E dar
também os parabéns aos bancários, que fecharam Santander, Bradesco,
Itaú, demonstrando combatividade e ousadia.” Para José Maria, o ato
potencializou a luta da classe trabalhadora em Minas Gerais.
“Trabalhadores e trabalhadoras estão dando o recado: não vão admitir o
sucateamento da saúde, da educação, do saneamento, da segurança pública.
O Sindágua está junto com vocês em todas as lutas.”
Para Silvio Netto, do MST, a manifestação desta
quarta-feira consolidou a união dos movimentos sindical e social pela
derrota do projeto neoliberal em Minas Gerais. “Na manifestação desta
manhã no palácio do Anastasia tinha mais polícia que trabalhador. Para
nós do MST, isso é um mérito. O governo percebeu que os trabalhadores
vão fazer a luta para arrancá-lo de lá. A CUT, o Sind-UTE, o Sind-Saúde,
demais sindicatos e os movimentos sociais vão acumular forças para
continuar combatendo o projeto neoliberal, para que ele acabe em Minas e
nunca mais volte ao governo federal. A luta está na reforma agrária,
mas o MST se solidariza com os trabalhadores da cidade.”
sábado, 29 de setembro de 2012
Ato da CUT-MG unifica lutas da classe trabalhadora e dos movimentos sociais
Marcadores:
Beatriz Cerqueira,
Categorias em processo de negociação e em greve recebem apoio da base CUTista,
de outras centrais e dos movimentos sociais. CUT/MG CUT MINAS
Trabalhadores em educação, saúde e auditores fiscais fazem manifestação na Cidade Administrativa
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais
(Sind-UTE/MG) promoveu na quarta-feira (26 de setembro), manifestação na
Cidade Administrativa Tancredo Neves, em Belo Horizonte.
Os manifestantes foram acompanhados por forte aparato policial, que tentou a todo custo impedir e calar a voz da classe trabalhadora - profissionais da educação, da saúde e do Sindifisco-MG.
Antes do início da manifestação, a Polícia Militar, por ordem do Governo, impediu que o carro de som fosse utilizado na atividade e tentou barrar a entrada da banda de música, que faria a parte lúdica da manifestação.
A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG e presidenta da CUT-Minas, Beatriz Cerqueira, afirmou que a decisão do governo não impediu que os trabalhadores se fizessem ouvir, e manifestar a insatisfação com o governo Anastasia.
“Somente assim, com unidade das classes trabalhadoras e capacidade de mobilização é que superamos obstáculos e alcançamos vitórias. É assim que conseguimos interferir na vida política do nosso Estado, e é assim que vamos demonstrar forças e mudar as atuais condições, contribuindo para a construção de dias mais justos para toda a classe trabalhadora, destacou Beatriz Cerqueira.
A manifestação antecedeu uma data que é um marco para todos os trabalhadores da educação de Minas Gerais: há um ano, no dia 27 de setembro de 2011, era suspensa a greve de 112 dias da rede estadual de ensino. A suspensão da greve ocorreu mediante a assinatura de Termo de Compromisso onde o Governador assumiu que pagaria o Piso Salarial como vencimento básico e na carreira. Mas o Governo de Minas não cumpriu o que assinou.
A mobilização do funcionalismo fez o Governo cancelar, pela segunda vez, a reunião em que discutiria política remuneratória, agenda marcada há mais de seis meses. Para o presidente do Sindifisco-MG, Lindolfo Fernandes, a manifestação foi muito importante para pressionar o Executivo. “O governo está enrolando, adiando reunião com servidor e contrariando a lei de política remuneratória. Na verdade, isso tudo é em função do processo eleitoral. O Estado tem condições e recursos para conceder reajuste, a receita cresceu 12,8%.”
O diretor de Comunicação do Sind-UTE/MG, Paulo Henrique Fonseca, completa: “trata-se de um momento de unidade dos servidores públicos que, com certeza, o governador não vai esquecer. Ele ouviu nosso recado.”
Os manifestantes foram acompanhados por forte aparato policial, que tentou a todo custo impedir e calar a voz da classe trabalhadora - profissionais da educação, da saúde e do Sindifisco-MG.
Antes do início da manifestação, a Polícia Militar, por ordem do Governo, impediu que o carro de som fosse utilizado na atividade e tentou barrar a entrada da banda de música, que faria a parte lúdica da manifestação.
A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG e presidenta da CUT-Minas, Beatriz Cerqueira, afirmou que a decisão do governo não impediu que os trabalhadores se fizessem ouvir, e manifestar a insatisfação com o governo Anastasia.
“Somente assim, com unidade das classes trabalhadoras e capacidade de mobilização é que superamos obstáculos e alcançamos vitórias. É assim que conseguimos interferir na vida política do nosso Estado, e é assim que vamos demonstrar forças e mudar as atuais condições, contribuindo para a construção de dias mais justos para toda a classe trabalhadora, destacou Beatriz Cerqueira.
A manifestação antecedeu uma data que é um marco para todos os trabalhadores da educação de Minas Gerais: há um ano, no dia 27 de setembro de 2011, era suspensa a greve de 112 dias da rede estadual de ensino. A suspensão da greve ocorreu mediante a assinatura de Termo de Compromisso onde o Governador assumiu que pagaria o Piso Salarial como vencimento básico e na carreira. Mas o Governo de Minas não cumpriu o que assinou.
A mobilização do funcionalismo fez o Governo cancelar, pela segunda vez, a reunião em que discutiria política remuneratória, agenda marcada há mais de seis meses. Para o presidente do Sindifisco-MG, Lindolfo Fernandes, a manifestação foi muito importante para pressionar o Executivo. “O governo está enrolando, adiando reunião com servidor e contrariando a lei de política remuneratória. Na verdade, isso tudo é em função do processo eleitoral. O Estado tem condições e recursos para conceder reajuste, a receita cresceu 12,8%.”
O diretor de Comunicação do Sind-UTE/MG, Paulo Henrique Fonseca, completa: “trata-se de um momento de unidade dos servidores públicos que, com certeza, o governador não vai esquecer. Ele ouviu nosso recado.”
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Com mobilização e disposição para a luta, categorias não se intimidam com aparato policial e protestam na sede do governo do Estado
Trabalhadores em educação, da saúde e auditores fiscais fazem manifestação na Cidade Administrativa
28/09/2012
Escrito por:
Rogério Hilário, com informações do Sind-Saúde/MG e do Sind-UTE/MG
Fotografias: Taís Ferreira
A presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira, e o secretário Reginaldo Tomaz de Jesus com policiais militares na Cidade Administrativa |
Acompanhados
por forte aparato policial, trabalhadores e trabalhadoras em educação,
da saúde e auditores fiscais da Fazenda do Estado realizaram
manifestação na quarta-feira (26) na Cidade Administrativa Tancredo
Neves, em Belo Horizonte.
A
repressão policial tentou a todo custo calar a voz da classe
trabalhadora, mas não conseguiu. Antes do início da manifestação, a
Polícia Militar, por ordem do governo do Estado, impediu que o carro de
som fosse utilizado na atividade e tentou barrar a entrada da banda de
música, que faria a parte lúdica da manifestação.
A
coordenadora-geral do Sind-UTE/MG e presidenta da CUT-Minas, Beatriz
Cerqueira, afirmou que a decisão do governo não impediu que os
trabalhadores se fizessem ouvir, e manifestar a insatisfação com o
governo Anastasia. “Somente assim, com unidade das classes trabalhadoras
e capacidade de mobilização é que superamos obstáculos e alcançamos
vitórias. É assim que conseguimos interferir na vida política do nosso
Estado, e é assim que vamos demonstrar forças e mudar as atuais
condições, contribuindo para a construção de dias mais justos para toda a
classe trabalhadora, destacou Beatriz Cerqueira.
A
manifestação antecedeu uma data que é um marco para todos os
trabalhadores da educação de Minas Gerais: há um ano, no dia 27 de
setembro de 2011, era suspensa a greve de 112 dias da rede estadual de
ensino. A suspensão da greve ocorreu mediante a assinatura de Termo de
Compromisso onde o governador assumiu que pagaria o Piso Salarial como
vencimento básico e na carreira. Mas o governo de Minas não cumpriu o
que assinou.
A
mobilização do funcionalismo fez o governo cancelar, pela segunda vez, a
reunião em que discutiria política remuneratória, agenda marcada há
mais de seis meses. Para o presidente do Sindifisco-MG, Lindolfo
Fernandes, a manifestação foi muito importante para pressionar o
Executivo.
“O
governo está enrolando, adiando reunião com servidor e contrariando a
lei de política remuneratória. Na verdade, isso tudo é em função do
processo eleitoral. O Estado tem condições e recursos para conceder
reajuste, a receita cresceu 12,8%.”
O
diretor de Comunicação do Sind-UTE/MG, Paulo Henrique Fonseca, completa:
“trata-se de um momento de unidade dos servidores públicos que, com
certeza, o governador não vai esquecer. Ele ouviu nosso recado.”
Dentre os inúmeros problemas que a categoria vive, o Sindicato tem lutado para:
•
O descongelamento da carreira. A Lei Estadual 19.837/11 congelou a
carreira de mais de 200 mil profissionais da educação. Isso significa
que não serão valorizados pela sua formação e pelo tempo de serviço até
dezembro de 2015. Além de gerar um enorme passivo para os cofres
públicos, esta medida é um desrespeito ao profissional da rede estadual
que tem garantido através de várias leis federais - o direito à
carreira.
•
Pagamento de todos os direitos e vantagens já adquiridos. Os direitos e
vantagens adquiridos por milhares de servidores estaduais não são pagos
como, por exemplo, biênios e quinquênios adquiridos até dezembro de
2011. Além disso, o que já foi adquirido e pago integralmente até
dezembro de 2011 está sendo parcelado até dezembro de 2015. Servidores
que adquiriram o direito à aposentadoria são obrigados a continuar
trabalhando até que o governo os autorize a afastar.
•
O imediato pagamento do Prêmio por Produtividade. Trata-se de uma
política de remuneração implantada durante a reforma administrativa,
promovida pelo então governador Aécio Neves, com o discurso de tornar a
gestão do estado eficiente. A categoria é submetida a metas que não são
construídas com a sua participação, desconsiderando as condições de
trabalho e da escola. Quem adoece é penalizado com o não pagamento desse
prêmio. No entanto, o governador Anastasia pagou o prêmio de 2010 em
fevereiro de 2012 e não há previsão do pagamento do valor referente a
2011.
•
Correção do tempo de serviço e escolaridade. Milhares de professores
recebem por uma escolaridade inferior a que possuem, como os que foram
nomeados em 2004 e já possuíam licenciatura plena ou mesmo pós-graduação
e recebem, até o momento, como se tivessem apenas licenciatura curta.
Além disso, a tabela de tempo de serviço prevista na Lei Estadual
19.837/11 estabelece que o servidor demore 42 anos para chegar ao final
da carreira.
• Uma política remuneratória que valorize o servidor estadual.
•
A regulamentação de 1/3 da jornada negociada com a categoria. Embora o
governo tenha divulgado, no início do ano letivo de 2012, que o
professor teria direito a 1/3 da jornada para estudo e planejamento como
determina a Lei Federal 11.738/08, até o momento a lei não é respeitada
em Minas Gerais e o professor trabalha mais na regência do que está
previsto em lei. Apesar da realização de várias reuniões, o Governador
encaminhou projeto de lei sobre o assunto sem uma efetiva negociação com
a categoria.
•
O pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional com o reajuste de
22%. O governador Antônio Anastasia assumiu compromisso de pagar o Piso
Salarial na carreira. O documento foi assinado no dia 27 de setembro de
2011, através do Secretário de Governo, Danilo de Castro, e não foi
cumprido. Além do descumprimento do acordo assinado, o governo aprovou
lei estadual que impõe o subsídio como forma de remuneração, acabando
com o direito de adquirir biênio, quinquênio, trintenário e várias
outras gratificações.
Após as
atividades na Cidade Administrativa, a categoria seguiu para a Praça
Sete (Rua Carijós com Rua Rio de Janeiro), onde, à tarde, participou de
manifestação conjunta com todas as categorias que estão em greve, em
campanha salarial e em mobilização. O ato foi promovido pela CUT/Minas.
Indicativo de greve na saúde
Desrespeitando
a própria lei que criou, o governo Anastasia não cumpriu o prazo da
política remuneratória e cancelou reunião que apresentaria os números
para um possível reajuste para trabalhadores e trabalhadoras da saúde. A
categoria esteve reunida em assembleia na Cidade Administrativa na
quarta-feira (26), data em que o governo anunciaria os números da
política remuneratória, para traçar estratégias que garantam reajustes.
Além de
uma manifestação unificada com a educação na parte da manhã, os
trabalhadores da saúde definiram uma nova assembleia geral Sistema
Estadual de Saúde para o dia 17 de outubro. A categoria também aprovou
uma vigília permanente na ALMG durante a tramitação do projeto de lei
3.451/2012 e paralisações unificadas em todas as Superintendências,
Gerências Regionais de Saúde e na Cidade Administrativa (CAMG). Os
trabalhadores da Secretaria de Saúde (SES) também aprovaram indicativo
de greve.
A
intenção é pressionar o governo a atender os servidores da SES que foram
excluídos do acordo de greve. O projeto de lei que dispõe sobre o
acordo de greve está em tramitação na Assembleia Legislativa e este é um
momento importante para pressionar politicamente o governo para que
inclua uma emenda ao PL que leve em consideração essa parcela da
categoria.
O
diretor do Sind-Saúde/MG, Renato Barros, mostrou preocupação com os
números que serão apresentados pelo governo para conceder reajuste e com
o descaso do governo com os servidores da SES. “No acordo houve alguns
avanços, mas a nossa disposição de luta continua pois a SES e ESP não
foram contempladas e todo o conjunto da saúde necessita de um reajuste
digno” alertou Renato.
Renato
também avalia que os ganhos de greve não serão contados na aposentadoria
e nas licenças. “Temos que manter a mobilização de toda a categoria
para ter reajustes. Nossa luta é por salário” enfatizou.
A
tentativa do governo é retirar do percentual calculado com base na
política remuneratória os 5% de reasjute concedidos em abril como parte
do acordo de greve do ano passado. Quanto a isto, Renato Barros afirmou
que os sindicatos do funcionalismo unificaram suas opiniões e não
aceitaram esta tentativa do governo de congelar os salários dos
trabalhadores.
Vigília e paralisações
Para
organizar a vigília na ALMG e a paralisação semanal na SES, será
composta uma comissão nas GRS e SRS que será coordenada pelo Sindicato.
Estas duas ações deverão ter início na semana que vem. A recomendação
inicial é que seja sempre nas terças-feiras até o dia 17 de outubro,
data da próxima assembleia dos trabalhadores, como forma de pressão ao
governo.
Publicado em: http://www.cutmg.org.br/
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
CUT/Minas realiza ato público conjunto em Belo Horizonte
Cerca de 800 trabalhadores de diversas categorias que estão em
greve ou em campanha salarial, além de representantes dos movimentos
social e sindical, coordenados pela Central Única dos Trabalhadores de
Minas Gerais (CUT/MG), realizaram um ato público conjunto na Praça Sete,
centro da capital mineira.
A iniciativa teve por objetivo unir forças e mobilizar os diversos sindicatos na luta por melhores condições de trabalho e em defesa da campanha salarial. Unidade de diversos sindicatos e categorias A diretora cutista, Lourdes Maria de Jesus Vasconcelos, avaliou positivamente a manifestação. “Momento importante para a classe trabalhadora porque mostra que ela está unificada, percebendo a importância de manter a unidade na busca de seus direitos.” Para o secretário de Administração e Finanças da CUT/Minas, Reginaldo Tomaz de Jesus, o ato foi uma demonstração de união de diversas categorias na luta pelos seus direitos e por melhores condições salariais. “Representa a retomada e a importância da CUT, que volta às ruas com a integração da luta de classe, na busca de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.” “Esse ato mostra a união e fortalece as categorias em greve, a exemplo dos bancários e incentiva a mobilização de outros trabalhadores”, afirmou o diretor do Sindicato dos Bancários e também secretário de Comunicação CUT/Minas, Neemias Souza Rodrigues. O presidente do Sindifisco/MG, Lindolfo Fernandes, entende que a proposta está sendo cumprida. “Unir as categorias para combater a agressividade e a ganância do capital. É uma iniciativa da CUT muito positiva porque é na luta que geral e melhor unidade do trabalhador na composição do Produto Interno Bruto (PIB).” Por sua vez, o diretor de Comunicação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), Paulo Henrique Santos Fonseca, destacou a oportunidade como forma de dialogar com a comunidade. “Este ato coroa o dia de mobilização conjunta com os trabalhadores do serviço público e da iniciativa privada, e, por outro lado, leva o conhecimento da realidade aos belo-horizontinos.” A Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas da grande BH (AMES/BH) também esteve presente e, na oportunidade, criticou o governo Anastasia. Segundo a direção da Associação, o estado vem maquiando as escolas por fora e, internamente, elas estão completamente sucateadas. A CUT Nacional participou do ato como forma de reforçar a importância de intensificar a luta contra os descasos praticados pelo governo mineiro. “O ato mostra a importância da unidade e a força da mobilização desse momento de luta. Sabemos que a unidade é fundamental para avançarmos nas conquistas”, ressaltou o diretor da Executiva da CUT, Shakespeare Martins. A presidenta da CUT-Minas, Beatriz Cerqueira, reforçou que somente com a unidade e com a capacidade de mobilização, as conquistas de negociação e vitórias são possíveis. “A CUT Minas esteve presente na mobilização dos metroviários, dos servidores públicos federais, da saúde, educação, auditores fiscais e de outras categorias para dar claramente um recado aos patrões e ao governo do estado: que a classe trabalhadora está firme e unida. Somente desta maneira vamos conseguir mudar as condições de vida no nosso estado, contribuindo para que as campanhas salariais sejam vitoriosas para todos os trabalhadores e trabalhadores”, declarou Beatriz. Participaram o Sindicato dos Bancários de BH e Região, Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM), Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Sind-UTE/MG, Sind-Saúde/MG, Fetraf, Sindifisco/MG, Sindágua, Sindieletro, Sindimetro-MG e movimentos sindical e social. Fotos: Tais Ferreira |
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Milhares de pessoas vão às ruas de Belo Horizonte no 18º Grito dos Excluídos
07/09/2012
A presidenta da CUT/MG e coordenadora do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, na concentração do Grito dos Excluídos e das Excluídas na Praça da Estação
CUT/MG, sindicatos da base CUTista, movimentos sociais e lideranças políticas se unem para protestar na Região Central da capital mineira.
Escrito por: Rogério Hilário
Fotografias: Taís Ferreira
Mais de 3,5 mil pessoas, entre dirigentes e militantes dos movimentos sociais, da CUT, das demais centrais e lideranças políticas participaram na manhã desta sexta-feira (7) da 18ª edição dos Gritos dos Excluídos e das Excluídas em Belo Horizonte. Com o tema “Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda população”, a manifestação começou com concentração na Praça da Estação, na Região Central da capital mineira, e, após passeata pela rua Guaicurus, avenida Santos Dumont e a rua dos Caetés, foi encerrada, por volta do meio-dia, com ato público na Praça Sete.
Depois de muitos anos, as entidades que organizaram o protesto construíram um manifesto conjunto que vai ser entregue a deputados federais e senadores por Minas, deputados estaduais, vereadores e candidatos às eleições.
Para Frederico Santana, um dos organizadores do Grito dos Excluídos e das Excluídas, neste ano a manifestação teve uma representação maior das entidades e organizações. “Os grupos de capoeira, de circo e de cultura popular contribuíram para dar maior visibilidade ao Grito. Outro aspecto positivo foi o público que, segundo estimativa da Polícia Militar, ultrapassou 3,5 mil pessoas.”
Em sua fala, a presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais e coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, lembrou que o Grito dos Excluídos e Excluídas era a segunda grande manifestação da CUT em menos de uma semana. “Na quarta-feira, estivemos em Brasília para a 6ª Marcha Nacional pela Defesa e a Promoção da Educação Pública. Mais de 10 mil pessoas foram dar o recado da CUT ao governo federal. Não queremos parcerias público-privadas, queremos 10% do PIB para a educação e para a saúde, exigimos respeito aos direitos e às reivindicações dos servidores públicos federais”, disse Beatriz Cerqueira.
“Em Minas Gerais, o que vemos é a falta de políticas públicas para a educação, a saúde, os jovens estão morrendo. O governo do Estado não dialoga com os trabalhadores e trabalhadoras. A intransigência do governo ficou evidenciada na greve de 112 dias da educação, no ano passado, e na paralisação na saúde neste ano. E o governo se recusa a cumprir a lei e a pagar o piso nacional salarial da educação. Não podemos também aceitar a criminalização dos movimentos sociais e do movimento sindical. A classe trabalhadora é tratada com a polícia, cães e spray de pimenta”,acrescentou a presidenta da CUT/MG.
Beatriz Cerqueira ressaltou a importância do Grito dos Excluídos e das Excluídas. “O Grito consegue aglutinar uma diversidade de movimentos e é fundamental para as lutas das organizações sociais e populares. A CUT/MG faz questão de participar com toda sua direção e seus sindicatos. É uma manifestação que contrapõe o desfile na Avenida Afonso Pena, que é uma herança da ditadura militar. Em Belo Horizonte, o Grito dos Excluídos e das Excluídas tem um significado muito especial, pois a cidade está cheia de ocupações, por não existir políticas públicas para a moradia e há muitas crianças sem escola”, completou.
Para o secretário-geral da CUT/MG e coordenador do Sindieletro-MG, Jairo Nogueira Filho, a Cemig é um dos maiores exemplos de exclusão. “Os mais beneficiados pela Cemig são os grandes industriais e os acionistas. A companhia anunciou um lucro de R$ 13 bilhões e nada deste dinheiro foi revertido para os consumidores ou a população, apesar de a Cemig oferecer a energia mais cara do país. Quantas escolas, quantas casas, quantos hospitais não poderiam ser construídos com este dinheiro. Água e energia não são mercadoria”, protestou Jairo Nogueira.
Bruno Pedralva, do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), fez a defesa da saúde pública e condenou as privatizações. “A saúde é luta e em Belo Horizonte quem está bem de saúde são as empresas. A prefeitura quer privatizar postos de saúde.”
A presidenta da CUT/MG e coordenadora do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, na concentração do Grito dos Excluídos e das Excluídas na Praça da Estação
CUT/MG, sindicatos da base CUTista, movimentos sociais e lideranças políticas se unem para protestar na Região Central da capital mineira.
Escrito por: Rogério Hilário
Fotografias: Taís Ferreira
Mais de 3,5 mil pessoas, entre dirigentes e militantes dos movimentos sociais, da CUT, das demais centrais e lideranças políticas participaram na manhã desta sexta-feira (7) da 18ª edição dos Gritos dos Excluídos e das Excluídas em Belo Horizonte. Com o tema “Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda população”, a manifestação começou com concentração na Praça da Estação, na Região Central da capital mineira, e, após passeata pela rua Guaicurus, avenida Santos Dumont e a rua dos Caetés, foi encerrada, por volta do meio-dia, com ato público na Praça Sete.
Depois de muitos anos, as entidades que organizaram o protesto construíram um manifesto conjunto que vai ser entregue a deputados federais e senadores por Minas, deputados estaduais, vereadores e candidatos às eleições.
Para Frederico Santana, um dos organizadores do Grito dos Excluídos e das Excluídas, neste ano a manifestação teve uma representação maior das entidades e organizações. “Os grupos de capoeira, de circo e de cultura popular contribuíram para dar maior visibilidade ao Grito. Outro aspecto positivo foi o público que, segundo estimativa da Polícia Militar, ultrapassou 3,5 mil pessoas.”
Em sua fala, a presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais e coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, lembrou que o Grito dos Excluídos e Excluídas era a segunda grande manifestação da CUT em menos de uma semana. “Na quarta-feira, estivemos em Brasília para a 6ª Marcha Nacional pela Defesa e a Promoção da Educação Pública. Mais de 10 mil pessoas foram dar o recado da CUT ao governo federal. Não queremos parcerias público-privadas, queremos 10% do PIB para a educação e para a saúde, exigimos respeito aos direitos e às reivindicações dos servidores públicos federais”, disse Beatriz Cerqueira.
“Em Minas Gerais, o que vemos é a falta de políticas públicas para a educação, a saúde, os jovens estão morrendo. O governo do Estado não dialoga com os trabalhadores e trabalhadoras. A intransigência do governo ficou evidenciada na greve de 112 dias da educação, no ano passado, e na paralisação na saúde neste ano. E o governo se recusa a cumprir a lei e a pagar o piso nacional salarial da educação. Não podemos também aceitar a criminalização dos movimentos sociais e do movimento sindical. A classe trabalhadora é tratada com a polícia, cães e spray de pimenta”,acrescentou a presidenta da CUT/MG.
Beatriz Cerqueira ressaltou a importância do Grito dos Excluídos e das Excluídas. “O Grito consegue aglutinar uma diversidade de movimentos e é fundamental para as lutas das organizações sociais e populares. A CUT/MG faz questão de participar com toda sua direção e seus sindicatos. É uma manifestação que contrapõe o desfile na Avenida Afonso Pena, que é uma herança da ditadura militar. Em Belo Horizonte, o Grito dos Excluídos e das Excluídas tem um significado muito especial, pois a cidade está cheia de ocupações, por não existir políticas públicas para a moradia e há muitas crianças sem escola”, completou.
Para o secretário-geral da CUT/MG e coordenador do Sindieletro-MG, Jairo Nogueira Filho, a Cemig é um dos maiores exemplos de exclusão. “Os mais beneficiados pela Cemig são os grandes industriais e os acionistas. A companhia anunciou um lucro de R$ 13 bilhões e nada deste dinheiro foi revertido para os consumidores ou a população, apesar de a Cemig oferecer a energia mais cara do país. Quantas escolas, quantas casas, quantos hospitais não poderiam ser construídos com este dinheiro. Água e energia não são mercadoria”, protestou Jairo Nogueira.
Bruno Pedralva, do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), fez a defesa da saúde pública e condenou as privatizações. “A saúde é luta e em Belo Horizonte quem está bem de saúde são as empresas. A prefeitura quer privatizar postos de saúde.”
CNTE e CUT na marcha em Brasília
Jornal da CUT
Edição especial sobre o dia 5 de setembro – Dia Nacional de Mobilização.
A CUT e a CNTE se uniram em uma grande marcha em Brasília para levantar
as bandeiras da classe trabalhadora.
Marcadores:
CNTE e CUT na marcha em Brasília
Jornal da CUT - 217
11/09/2012
Jornal da CUT
Debate de conjuntura em Brasília; Plataforma da Central para as eleições 2012; Campanha em defesa dos trabalhadores ameaçados pela terceirização; Portaria 186; O grito dos Excluídos; Greve dos Metalúrgicos ABC; Índice do Custo de Vida / DIEESE.
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